Caroline Merlo e Nicole Spengler
Observar, fazer, pensar. Este é o
lema do evento que reuniu os futuros comunicadores da Universidade Católica Dom
Bosco (UCDB). Uma forma de instigar e provocar a maneira de fazer e pensar dos
acadêmicos de hoje, os jornalistas e publicitários de amanhã.
Fazer e pensar. Ações que podemos
chamar de “mecânicas”, instintivas do ser humano. Mas e observar? Saber
observar é uma tarefa um tanto complexa, porém necessária para quem almeja
engrenar na área. Observar a fundo, analisando, refletindo e criticando. Como
estudante de jornalismo, percebo a necessidade de quebrar qualquer paradigma e
preconceito e, principalmente, saber distinguir e defender as minhas críticas e
ideologias diante dos percalços da vida.
Conversando com os colegas,
perguntei-lhes sobre suas visões críticas diante dos veículos visitados, indagando-lhes:
“O que você mudaria a partir do que observou?”. Afinal, o “quarto poder” sabe
que é possível promover a mudança, basta querer. Digo a respeito de uma mudança
de comportamento, da alienação, diante da responsabilidade em comunicar a
sociedade, a “massa”.
Em suas respostas, alguns
criticaram a estrura física, a falta de investimentos em veículos que deveriam
ter uma maior atenção, meios que pudessem garantir a acessibilidade dos
jornalistas como uma maneira até de valorização profissional. Um reconhecimento
que muitos não esperam receber, mas que possuem aquele pingo de esperança por
acreditarem na paixão por essa profissão tão humana e encantadora.
Outros falaram sobre sua
indignação com o sistema, com a burocracia nessa dita “liberdade de imprensa”.
Criticaram essa elite que nos envolve, as vezes até sem querer, mas que nos
tapam os olhos, impedindo-nos de lutar pelo o que realmente importa. Uma elite
que é retratada nas revistas como se fosse a única atração de um cidade, com um
potencial extraordinário, que tem muito mais para ser divulgado, além de moda e
glamour. Observando, nos atentamos aos veículos que esqueceram de suas
verdadeiras ideologias para deixarem se envolver pela arrogância e conformismo.
Após o “feedback”, chegamos a
conclusão. Mudança. Essa é a palavra. Mas para mudar, precisamos saber observar.
Observar com olhos atentos, semicerrados, questionando e avaliando. Porque
aprendemos que este é o papel de um comunicador. Transformar. É assim que
resumimos uma das etapas de mais uma edição do 72 horas de Jornalismo. Parabéns
a todos que participaram e até o ano que vem!
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