Jornalismo Online

Reportagens desenvolvidas pelos estudantes do curso de Jornalismo da UCDB.





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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Escoteiros campo-grandenses realizam ações ambientais aos sábados

Sábado, um dia para ficar em casa, tomar tereré com os amigos, descansar um pouco ou ir para festinhas, mas nem todo mundo usa esse dia para descansar. O movimento escoteiro está presente na vida de muitos campo-grandenses que utilizam o fim de semana para praticar o escotismo e realizar ações voltadas à educação, conscientização ambiental e formação de caráter e cidadania.

Com mais de 35 anos de existência, o Grupo Escoteiro Padre Heitor Castoldi conta com mais de 45 metros. A sede está localizada desde 1999 no Parque das Nações Indígenas, ponto de Campo Grande localizado nos altos da Avenida Afonso Pena, bem próximo ao futuro Aquário do Pantanal (Confira no mapa abaixo. Clique na imagem para ampliar).


Para descrever o escotismo nada melhor do que palavras dos participantes do movimento. "O escotismo para mim significa praticar e querer o bem de todos e ajudar o próximo sempre", conta a escoteira Beatriz Bonatto.

Meio Ambiente


Chefe dos lobinhos do Grupo Escoteiro Padre Heitor Castoldi desde 2006, Nádia Vico fala sobre algumas das atividades realizadas dentro do movimento. "Desenvolvemos a consciência ambiental e sustentabilidade, sendo que nossos juvenis são motivados a adotar medidas que ajudem a preservar o Meio Ambiente".
Crianças aprendem a analisar folhas de árvores para descobrirem
 o nível de poluição do parque. Foto:
Ben Oliveira.

Como esse grupo se reúne dentro de um parque, a maior preocupação dos membros é manter o parque em bom estado, cuidando da limpeza tanto da área verde quanto do rio.

Conscientização

"Além de manter o parque limpo na área onde estamos inseridos, os juvenis já fizeram algumas campanhas referentes ao lixo e sua destinação, inclusive com um pequeno filme feito dentro do parque, e varias atividades de reciclagem. A Comunidade que freqüenta o parque foi envolvida nessa campanha, recebendo dos juvenis hortas feitas dentro de garrafas pet", diz Nádia Vico.

Para Beatriz, além do cuidado com a natureza o escotismo tem outras funções para o jovem. "Eu adoro o escotismo porque o escotismo  proporciona à criança o trabalho em equipe , conviver com os demais e como nos relacionar com a vida ao ar livre, fazendo com que o jovem aprenda novas coisas e se conscientizando da necessita da preservação da natureza".

Confira abaixo um vídeo gravado em um sábado à tarde na Sede do Grupo Escoteiro Padre Heitor Castoldi, no qual é possível observar as atividades relacionadas ao meio ambiente desenvolvidas pelos escoteiros.



Escotismo

Aos que desejam participar deste grupo, as atividades acontecem todos os sábados das 14h às 17h. Para participar é fácil. A partir dos 7 anos de idade a criança é bem vinda. Se for menor de idade basta ir acompanhada de um responsável. Se for maior de idade basta comparecer e conversar com um dos responsáveis pelo grupo.

Crianças escoteiras de diferentes idades são divididas em matilhas
para realizarem atividades pelo Parque das Nações Indígenas.
Foto: 
Ben Oliveira.

Segundo documento oficial publicado pela União dos Escoteiros do Brasil (UEB), Projeto Educativo do Movimento Escoteiro, o escotismo é um movimento de educação não formal, que se preocupa com o desenvolvimento integral dos jovens, complementando o esforço da família, da escola e de outras instituições. Confira trecho do projeto: "Nosso propósito é contribuir para que os jovens assumam seu próprio desenvolvimento, especialmente no caráter, ajudando-o a realizar suas plenas potencialidades físicas, intelectuais, sociais,afetivas e espirituais, como  cidadãos responsáveis,  participantes e úteis em suas  comunidades".

De acordo com a UEB existem 160 países com Organizações Escoteiras Nacionais, membros reconhecidos pela Organização Mundial do Movimento Escoteiro. Dados divulgados pela União apontam a existência de mais de 28 milhões de escoteiros em 216 países e territórios.

Veja mais fotos na galeria abaixo:



* Maria Izabel Costa, Ben Oliveira e Gabriel Gomes.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Expressão corporal como instrumento de trabalho

A comunicação é uma das atividades que o ser humano aprende desde o primeiro minuto de vida, o bebê quando nasce descobre que através do choro consegue ser visto e ouvido por todos que estão ao seu redor. 

O escritor Pierre Weil em seu livro “O Corpo Fala” mostra que as expressões que todos fazem com os membros do corpo dizem alguma coisa. Nós vamos mostrar três profissões que utilizam do corpo como forma de aprendizado, trabalho e principalmente expressão.


Yoga como expressão do corpo
Uma integração da mente, do corpo e do espírito para combater, principalmente, o estresse. Assim é o Yoga, de acordo com a professora Ana Lúcia Moraes de Souza, que recebeu nossa equipe de reportagem para uma aula personal com a aluna Maria José e demonstrou duas posturas: a do gato e a da criança.

A expressão corporal, juntamente com exercícios de respiração e o aquietamento da mente podem ser conferidos no vídeo abaixo:




Arte Circense
O professor de Educação Física Leonardo Liziero tem 25 anos e há dois anos incluiu a arte circense na rotina dos alunos da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental da Escola Municipal Ana Lúcia de Oliveira, no bairro Paulo Coelho Machado em Campo Grande.

Leonardo descobriu a arte do circo como forma de aprendizado para os alunos durante pesquisas na internet, logo após sair da faculdade. “Eu queria um diferencial na minha profissão, foi aí que encontrei artigos sobre a arte circense como parte da educação física e fui atrás”, afirma o professor.

Leonardo Liziero, professor de Educação Física que ensina
arte circense para alunos. (Créditos: Aliny Mary Dias)
Depois de passar três meses em uma escola de circo aprendendo os fundamentos básicos da arte, Leonardo propôs para a diretoria da escola a inclusão das aulas na grade das Atividades Curriculares Complementares (ACC).

“No começo os alunos não entendiam muito bem eles achavam que iam se vestir de palhaço, mas logo começamos com a base de equilíbrio e malabares e eles adoraram”, conta Leonardo.

Os alunos de 4 a 10 anos fazem parte do Ensino Infantil e Fundamental e passam o dia inteiro na escola, já que a unidade é uma das duas que têm o método de ensino integral na capital. As aulas são desenvolvidas com base em três princípios do circo: a acrobacia, o equilíbrio e os malabares.

As crianças são apresentadas aos materiais usados no circo, alguns deles são confeccionados pelos próprios alunos. “A perna de pau, por exemplo, é cara, então não tem para todos. Mas algumas coisas nós fazemos aqui mesmo, como as bolinhas dos malabares”, afirma Leonardo.

Alunos aprendem as técnicas circenses nas aulas.
(Créditos: Leonardo Liziero/Arquivo Pessoal)
Em dezembro de 2011 a escola promoveu um festival para apresentar os resultados das aulas, que acontecem duas vezes por semana. Leonardo conta que muitos professores de outras disciplinas perceberam o desenvolvimento dos alunos e a melhora na sala de aula.

“Eles aprendem a se expressar melhor, alguns alunos no começo eram bastante tímidos, quase não falavam nas aulas. Agora eles estão bem mais soltos e as aulas de circo ajudam muito eles”, completa Leonardo.

Clique aqui e confira a galeria de fotos com as apresentações dos alunos de Leonardo!


Dança
O ser humano tem a dança como um elemento para expressar seus sentimentos individuais e coletivos. As pinturas rupestres mostram que os homens das cavernas dançavam para festejar a boa caça, a colheita, o nascimento de um novo membro e até mesmo a preparação para a guerra. A dança marcou e ainda marca presença na história da humanidade.


Cláudia ensina ballet há 17 anos e dança do ventre há 15.
(Créditos: Cláudia Moura/Arquivo Pessoal)
A dança marcou a vida da bailarina Cláudia Moura, que faz ballet desde os dez anos de idade. Cláudia ensina dança do ventre há 15 anos e   ballet há 17. A dança na vida dela possui uma grandiosa importância. 

“Não me vejo sem a dança, acho que se não trabalhasse com isso de alguma forma estaria ligada a ela”, declara Cláudia. É através da dança que ela preenche a alma com os ritmos, movimentos e sensações.

Na dança há quem pretenda seguir carreira profissional, quem quer uma relação despretensiosa, fazendo da dança apenas uma diversão, quem a procura como válvula de escape para o estresse e quem tenta através da dança superar certas limitações pessoais, como a timidez. Integrando os dois percursos: o da interiorização que é a busca de contato consigo mesmo e o da exteriorização que é a expressão através de movimentos livres.

Cada movimento que o corpo faz é comandado pelo cérebro, ou seja, além de dançarmos com os pés, mãos e quadris, dançamos com o cérebro. A arte de dançar mostra um rumo para o ser humano lidar com o próprio corpo, o próprio ritmo, com as emoções e a capacidade expressiva. 

A dança desenvolve uma linguagem corporal subjetiva, que pode tornar-se objetiva, consciente, à medida que nos aprofundamos neste processo onde o corpo, a mente, os sentimentos, os gestos e as posturas, constituem diferentes aspectos interdependentes de uma mesma individualidade. 

“Eu danço com o corpo, com as mãos, os ouvidos, com a imaginação, a minha alma dança”, complementa Cláudia.


Clique aqui e confira o Podcast com a bailariana Cláudia Moura

Aliny Mary Dias, Marithê Lopes e Taryne Zottino