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Reportagens desenvolvidas pelos estudantes do curso de Jornalismo da UCDB.





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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Quebra de Tabu


O trabalho é um “bico” para os jornalistas, a experiência não é necessária porque os textos produzidos são curtos, os jornalistas são concorrentes uns dos outros e acomodados nas redações, esses e outros preconceitos são aplicados diariamente aos jornalistas, principalmente aos que trabalham em online. O local desta desmistificação foi na redação do site Campo Grande News no dia de “OBSERVAR” das “72 horas de Jornalismo”.

Chegando na redação, ansioso para ver como é a rotina do jornalista, damos de cara com um acidente na esquina da empresa. Ao entrarmos na redação, percebemos que em Campo Grande, uma coisa que sempre vai estar nos noticiários são os acidentes de trânsito. Mal eram oito horas da manhã e quatro acidentes já haviam acontecido na Capital.

Após uma boa recepção e esclarecimento da história do site, começou a quebra de tabu. Foi apresentada para nós a equipe, e, segundo a editora, Angela Kempfer, a maioria dos jornalistas presentes na empresa são novatos, tanto na empresa Campo Grande News como na área do jornalismo. E ao observar os jornalistas percebe-se que eles gostam do que fazem.

Aparente desordem

Na redação os jornalistas estão sempre antenados nos releases ou nos telefonemas, nos sites concorrentes ou lendo o Diário Oficial ou jornais. Silêncio? É uma palavra que não se encaixa em uma redação, se você quiser escrever com calma ou no silêncio, não recomendo uma redação. A frase que mais se escutava era “dez minutos para entregar essa matéria”.

Transtorno

Duas horas dentro da redação e fui chamado para fazer uma externa com a jornalista Paula Vitorino. Saímos e fomos para a Polícia Civil, era uma coletiva de uma quadrilha que roubava camionetes e caminhões e contrabandeava para o Paraguai. Quatro homens e uma mulher, todos algemados e encurralados na parede pelos jornalistas presentes, e um monte de perguntas repetitivas sendo feitas para os acusados e para o delegado.

Colaboração

No outro lado do corredor, tirando esse fato de constrangimento para os acusados e para mim, pude perceber solidariedade e companheirismo entre jornalistas de empresas concorrentes, outra quebra de tabu.

Uma emissora estava filmando, mas sua câmera não tinha luz, então a outra resolveu ajudar com esse imprevisto e logo depois, a emissora que estava sem repórter pediu para o repórter concorrente passar os nomes dos acusados, e no mesmo lugar aonde eu vi os jornalistas sendo frios em relação aos acusados, vi também serem solidários para com os seus colegas de profissão. Um jornalista falou para o extencionista “A briga é entre os patrões, nós somos companheiros”.

Por Gabriel Gomes, acadêmico de Comunicação Social – Jornalismo
Legenda: O repórter Francisco Júnior realiza entrevista.
Foto crédito: Maria Izabel Costa

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