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Reportagens desenvolvidas pelos estudantes do curso de Jornalismo da UCDB.





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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Furacão Amarelo ataca e mantém a liderança com torcida fiel


Na disputa entre MS Saad e Cene, pela 14ª Rodada do Campeonato Estadual, o furacão amarelo levou a melhor. Mesmo com dificuldades para garantir a vitória, o time se manteve firme e com ataques fortes. A torcida, não fez por menos e mesmo com o placar aberto pelo time adversário, embalou o jogo.



Depois do término da partida e com a liderança em destaque, o Cene mantém três pontos de vantagem no Chapadão já de olho na vaga seletiva para a série D do Campeonato Brasileiro.


Quem abriu o placar foi Tiago Tenutta, logo de cara, aos seis minutos de jogo. Mas ainda no primeiro tempo, Edmilson Dubinha vê na falta a chance do gol, e marca. 1 X 1 no Estádio Morenão. Segundo tempo começa e com os ânimos a flor da pele, mas é nos pés do lateral Cafu, que o Cene decide o jogo. MS Saad 1, Cene 2. Confira os melhores momentos da partida:


imagens: João Braga

reportagem: Tatyane Santinoni

edição de texto: Paula Maciulevicius

edição de imagens: Leonardo Amorim

Cene “bate” MS Saad e segue líder no campeonato Estadual


E foi pela 14ª rodada do Estadual que o Cene, líder do grupo B, venceu o MS Saad por 2 a 1 de virada. Com a partida deste domingo de páscoa, o time abre três pontos de vantagem em cima do Chapadão, que não saiu do empate de 1 a 1 contra o União. Com 29 pontos o “furacão amarelo” segue tranqüilo rumo à vaga na seletiva para a série D do Campeonato Brasileiro.

O jogo foi disputado na tarde de ontem, no Estádio Morenão. Com Tiago Tenutta, o MS Saad abriu o placar aos seis minutos da partida. Ainda no primeiro tempo, Edmilson Dubinha aproveitou a falha do goleiro Cleber, do MS Saad, e marcou de falta, o empate do jogo. E o gol que deu vitória ao Cene veio dos pés do lateral direito Cafu, no segundo tempo da partida. “Atacou forte e defendeu bem, a partida foi complicada, mas o furacão é o furacão”, grita o cenista “roxo”Augusto Pires.

Para o presidente cenista José Rodrigues o resultado do jogo é fruto do planejamento e empenho de todo o time. “Classificamos com quatro jogos de antecedência, mas nenhuma partida é fácil. Cada jogo tem uma história”, ressalta Rodrigues. As palavras do técnico são vistas na prática para o torcedor João Paulo Oliveira. “Estamos quase chegando lá pela dedicação do time. A torcida vem para dar o suporte que falta”, comenta o torcedor.


Com ataque forte e defesa sólida, o Cene lidera o grupo B. Confira a classificação do Campeonato Sul-mato-grossense:


reportagem:Paula Maciulevicius
fotos: Paula Maciulevicius
edição de texto: Tatyane Santinoni

Cadê a base?

Dilema nos times de Mato Grosso do Sul é a falta de um trabalho com a base, ou seja, investimento em atletas desde a infância. Após amargar o rebaixamento no ano de seu cinqüentenário, o Operário Futebol Clube, time mais tradicional do Estado já jogou duas partidas na série B do campeonato estadual. Venceu as duas. Ontem no estádio Pedro Pedrossian (Morenão), o Galo, derrotou o Camapuã por 5 a 1, com gols de Julio César, duas vezes, Rafael Bahia, Fabão e Weslei, jogadores sul-mato-grossenses, assim como o treinador Luis Carlos “Baianinho” e toda comissão técnica e diretoria. Pessoas que caíram de pára-quedas no time, mas que tentam trabalhar para levar o time de volta para a primeira divisão do estadual. E estão tendo dificuldades.

As complicações começaram na hora de montar a equipe, o Operário não tem um trabalho de base, assim como a maioria dos clubes do Estado. E como reunir pelo menos 22 atletas para disputar o torneio? Apelaram para um homem com história no futebol. Baianinho jogou no operário e no Corinthians, como treinador tem no currículo o acesso com o Comercial e o Itaporã. Ele trouxe para o clube atletas que já o acompanham há dois anos, entre eles o filho Rafael Bahia, o zagueiro Fabão e o atacante Júlio César, revelado pelo técnico no acesso com o Colorado em 2007.

Paulo Rios é um dos diretores do Operário, confessou em uma conversa informal que a maior dificuldade ao montar a equipe foi encontrar atletas para atuar no time, pois ganhar pouco e disputar a série B de um futebol acabado exige muita perseverança. “Ninguém que vir para o Operário, temos que buscar jogadores no Paraná, Goiás, interior de São Paulo, mas é difícil convencê-los. E mais, aqui não tem jogador, os clubes do Estado não tem base. Foi difícil montar o time”, desabafa o diretor, no cargo por questão política, motivo negado por ele. “Gosto de desafios”, desvia.

Recentemente a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul anunciou que as equipes profissionais do Estado só disputariam os campeonatos oficiais da entidade se mantivessem trabalhos nas divisões de base. Balela. O campeonato estadual em disputa tem 18 equipes na série A e 11 na série B, porém no máximo cinco delas tem categorias de base sólidas, e que disputam campeonatos. Na está fácil, o futebol local sofre e muito, peleja para não acabar. Sonha com dias melhores, mas do jeito que caminha. Este parece ser um futuro distante.

Para você, leitor do blog do Jornal Em Foco, o que fazer para que os clubes do Estado se valorizem e passe a trabalhar o futebol de base para colher frutos no futuro?
Artigo de Leonardo Amorim