Cuidar da saúde é uma prioridade para a maioria dos brasileiros, porém nem todos lembram que a saúde das cordas vocais também merece cuidados, afinal, a fala está relacionada ao bom funcionamento de dois órgãos do corpo humano: a boca e a faringe. O dia mundial da voz é comemorado hoje, 16 de abril e, mesmo utilizando-a todos os dias, são poucos os que percebem sua importância e dedicam parte do tempo para aplicar métodos de cuidados preventivos e não cometer abusos prejudiciais.
Para manter a saúde da voz são necessários alguns cuidados que na maioria das vezes pode passar despercebido em nossa rotina. Contudo, a fala é de extrema importância na comunicação e bastante valiosa no dia-a-dia. A manutenção da voz requer preocupações além das cordas vocais, como por exemplo, a respiração. Fazer exames periódicos com profissionais capacitados é importante para se evitar transtornos futuros. “As pessoas devem procurar um especialista adequado, para que possam tratar a voz com aperfeiçoamento”, garante a fonoaudióloga Carolina Cysne.
A voz é considerada um instrumento de trabalho para muitos profissionais. Por ser um dos principais meios de comunicação, foi por meio da voz que muitas pessoas garantiram o sucesso profissional. A cantora Paula Rezende se apresenta em bares aos sábados, durante a semana prepara a garganta para não desafinar. “Uma receita popular que é sempre bem-vinda é a maçã, pois a fruta retira as secreções que dificultam a vibração das cordas vocais e também impede a passagem de saliva grossa para a laringe”, recomenda Paula.
Os professores não estão livres de serem prejudicados pelo mau uso da fala. Ao dar aulas, a voz é usada em um tom elevado e durante tempo prolongado. Essa utilização é nociva às cordas vocais. Segundo a pedagoga Thais Sesoli, o profissional deve promover maneiras para driblar o mal estar de falar durante muito tempo, tomar água nos intervalos entre uma explicação e outra pode aumentar o conforto durante as aulas.
Falar alto, rápido ou em excesso, gritar e praticar canto sem ter preparação adequada, atinge diretamente prejudicando o bem-estar vocal. Além disso, alguns hábitos como fumar, ficar exposto ao ar-condicionado e manter o nível de estresse elevado, podem ocasionar o aparecimento de patologias laríngeas danificando a fala. A jornalista Thalita Vieira (foto ao lado) optou pelo auxílio fonoaudiólogo para trabalhar melhor a expressão oral, o que auxilia num melhor desempenho de sua carreira, o tratamento teve a duração de 6 meses. “Consegui melhorar minha dicção e remover o sotaque que trouxe da cidade que nasci, Corumbá. Por trabalhar com vídeo diariamente, é importante falar bem e saber dar ênfase nas palavras certas”, comenta Thalita, satisfeita com o resultado.
Reportagem: Gabriela Paniago
Edição de Texto: Laura Peres Santi
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