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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cadê a base?

Dilema nos times de Mato Grosso do Sul é a falta de um trabalho com a base, ou seja, investimento em atletas desde a infância. Após amargar o rebaixamento no ano de seu cinqüentenário, o Operário Futebol Clube, time mais tradicional do Estado já jogou duas partidas na série B do campeonato estadual. Venceu as duas. Ontem no estádio Pedro Pedrossian (Morenão), o Galo, derrotou o Camapuã por 5 a 1, com gols de Julio César, duas vezes, Rafael Bahia, Fabão e Weslei, jogadores sul-mato-grossenses, assim como o treinador Luis Carlos “Baianinho” e toda comissão técnica e diretoria. Pessoas que caíram de pára-quedas no time, mas que tentam trabalhar para levar o time de volta para a primeira divisão do estadual. E estão tendo dificuldades.

As complicações começaram na hora de montar a equipe, o Operário não tem um trabalho de base, assim como a maioria dos clubes do Estado. E como reunir pelo menos 22 atletas para disputar o torneio? Apelaram para um homem com história no futebol. Baianinho jogou no operário e no Corinthians, como treinador tem no currículo o acesso com o Comercial e o Itaporã. Ele trouxe para o clube atletas que já o acompanham há dois anos, entre eles o filho Rafael Bahia, o zagueiro Fabão e o atacante Júlio César, revelado pelo técnico no acesso com o Colorado em 2007.

Paulo Rios é um dos diretores do Operário, confessou em uma conversa informal que a maior dificuldade ao montar a equipe foi encontrar atletas para atuar no time, pois ganhar pouco e disputar a série B de um futebol acabado exige muita perseverança. “Ninguém que vir para o Operário, temos que buscar jogadores no Paraná, Goiás, interior de São Paulo, mas é difícil convencê-los. E mais, aqui não tem jogador, os clubes do Estado não tem base. Foi difícil montar o time”, desabafa o diretor, no cargo por questão política, motivo negado por ele. “Gosto de desafios”, desvia.

Recentemente a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul anunciou que as equipes profissionais do Estado só disputariam os campeonatos oficiais da entidade se mantivessem trabalhos nas divisões de base. Balela. O campeonato estadual em disputa tem 18 equipes na série A e 11 na série B, porém no máximo cinco delas tem categorias de base sólidas, e que disputam campeonatos. Na está fácil, o futebol local sofre e muito, peleja para não acabar. Sonha com dias melhores, mas do jeito que caminha. Este parece ser um futuro distante.

Para você, leitor do blog do Jornal Em Foco, o que fazer para que os clubes do Estado se valorizem e passe a trabalhar o futebol de base para colher frutos no futuro?
Artigo de Leonardo Amorim

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