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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Usuários da rede devem estar atentos aos cybercrimes


Mundo novo, problemas novos. A internet, apesar de ser uma importante ferramenta de trabalho e pesquisa para o homem contemporâneo, também acabou se transformando em uma porta aberta que oportuniza a ação de pessoas mal intencionadas. O investigador de Polícia Judiciária, Michel Weiler Neves, explica que em Mato Grosso do Sul os crimes virtuais mais comuns são os de calúnia e difamação e ameaças enviadas por e-mails ou recados em páginas de relacionamento.

Michel diz que a orientação dada para todas as pessoas que se sentirem lesadas através da Internet é procurar uma delegacia de polícia, munidas da página da web impressa para formular o boletim de ocorrência. “Para ser iniciado o trabalho de investigação dos crimes virtuais é necessário que a pessoa informe a polícia; esta é uma forma de coibir a prática criminosa. Na investigação, se for preciso, profissionais especializados da Delegacia Virtual (Devir) dão o apoio no trabalho”, explica o investigador.

Apesar da Devir não funcionar como um caminho para a formulação do boletim de ocorrência para os crimes virtuais mais comuns no Estado, pode ser acessado para informar endereços de sites de pedofilia, práticas racistas ou que estimule o uso de drogas.

Pedofilia

Segundo o delegado de Polícia Federal, Stênio Santos, responsável pela área de pornografia infantil, na Divisão de Direitos Humanos e membro da CPI da Pedofilia, os casos envolvendo este tipo de cyber crime precisam de mais avanços legais para a investigação. “A gente está trabalhando em uma forma de obter os dados de um suspeito de uma forma mais rápida. Hoje nós precisamos, às vezes, de duas ou três representações para se chegar ao endereço cadastral”.

O endereço cadastral é o dado que todo o usuário da rede tem junto ao seu provedor. Stênio explica que este cadastro não pode ser visto como um dado privado para a polícia, visto que é de extrema importância para investigações. A não liberação deste tipo de informação acaba inviabilizando a busca por pedófilos. “Com a demora para se obter o acesso a este dado cadastral junto ao provedor de acesso, corre-se um risco altíssimo de se perder aquele vestígio digital”, explica o delegado.

Em casos de usuários descobrirem casos de pedofilia na internet é importante que denuncie, mas a denúncia deve ser feita a apenas um órgão para que seja feita a investigação. “É contraproducente o usuário fazer denúncias para todo mundo, corre-se assim um risco de serem instauradas várias investigações e aí você vê diversas investigações sobre um mesmo fulano, por isso é importante que seja criada uma central nacional de denúncias”, explica Stênio.

Para o especialista em perícias de crimes digitais, Willian Telles, engenheiro de computação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), sempre haverá uma forma de pegar o criminoso.

“Para o leigo, de uma forma geral, ele pensa que não é possível ser rastreado, que basta que ele apague os dados do computador, formate o computador, e desaparecer com as provas. Tudo que é feito no ambiente virtual ou no ambiente de rede deixa um rastro, de uma forma ou de outra é possível pegar o cidadão”, afirma Telles.

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