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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Pedagoga ajuda a fundar sala de incentivo a leitura


Acreditar na educação é o que sempre fez a historiadora e pedagoga, Claunice Maria Dorneles, 48 anos, que desde pequena gostava muito de ouvir histórias e ler livros. Por isso, decidiu que incentivar as crianças a fazerem o mesmo seria a melhor maneira de ser solidária e hoje se orgulha por ter ajudado a fundar a primeira “Sala de Incentivo à Leitura de Campo Grande”.

Por volta de 1991, quando Claunice se mudou para o bairro Pioneiros, notou que muitas crianças por não terem atividades acabavam passando muito tempo nas ruas, o que não lhes fazia bem, pois tinham contato com pessoas de má índole, drogas e vandalismo. Com a vontade de ajudar que herdou de sua avó, Claunice decidiu então contar histórias, pois geralmente todas as crianças gostam.

“No terreno, onde funcionava o Centro de Zoonoses, havia uma amoreira bem grande e era embaixo dela que nos reuníamos durante a tarde. No começo eram poucas crianças e as histórias eram as que eu sabia de cabeça, mas com o tempo muitas das crianças do bairro começaram a se interessas pelos contos, por isso foi preciso comprar uma coleção de livros clássicos. Então, algum tempo depois, foi criado o Clube de Mães “As Obreiras”, que destinou uma sala aos livros e as crianças”, explica.

Claunice conta que são oferecidos no clube de mães também cursos como bordado, crochê, confecção de tapete, para as mulheres do bairro e que enquanto estavam nas aulas deixavam seus filhos em companhia dos livros. “O prazer que eu tenho é chegar ao Clube de Mães e ver uma criança, com um caderno na mão fazendo tarefa, ou um livro, lendo alguma história”, conta a pedagoga.


Recompensa

Claunice Maria acredita que ajudar aos outros parte da sensibilidade de casa pessoa, de uma inquietude por poder contribuir para a melhoria do outro. “O prazer maior de quem doa é saber que o outro está bem”, ela explica que quem ajuda de coração não quer receber nenhuma gratificação por isso, nem mesmo elogios, pois já é uma recompensa ver a felicidade dos outros.

“Imagina só, um grande poeta encontrado no meu bairro”, diz Claunice orgulhosa de um menino de seu bairro que ganhou o 1° lugar em um concurso de Poesia realizado pela prefeitura, nas salas de leitura de Campo Grande. “Neste momento encontro a recompensa por todo meu trabalho com as crianças, pois sei que hoje elas levam a leitura a sério”, finaliza.

2 comentários:

  1. hah! eu conheço essa sua personagem lah do CAP/DV ;) eh minha fonte lah hehe

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  2. Parabéns pela postagem, conheço Clauníce de vista pois também sou professora, já adimirava pela atenção aos deficientes visuais, hoje admiro ainda mais pela força e pelo amor pela profissão.

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