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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cultura Bovina?

Por Ederson Almeida
Um mergulho a quem somos o que queremos e para onde vamos, conduzido por movimentos, ritmos, sons e cores, proposta do espetáculo “Cultura Bovina?” da Ginga Companhia de Dança.
Para o fundador da companhia, Chico Neller, diretor e coreógrafo de “Cultura Bovina?”, nasce do amadurecimento do espetáculo junto ao público, induzindo-o à imersão aberta à linguagem contemporânea do balé, provocativa e questionadora. “É um balé forte, que a primeira impressão pode afastar. Provocamos o público para pensar sobre si, para entrar na sua cultura, e, desta experiência, ninguém fica ileso”, adverte.
Chico Neller revela que também voltou com uma nova visão depois do mergulho em “Cultura Bovina?”. Para ele, a imersão provocou um novo olhar sobre os desafios da vida, suas limitações e comodismos. “É fácil colocar a culpa no governo, nos outros, mas não adianta somente falar, é preciso agir”, acredita.
Para a produtora Renata Leoni, a peça é o desabafo de quem procura seu destino, espaço e história para novos caminhos. “Estas informações e sensações nem sempre serão agradáveis, a peça quebra paradigmas e suscita questionamentos de você para você mesmo”, destaca.
Com cinco bailarinos em cena, “Cultura Bovina?” discute exploração, poder, prazer e angústias em relação, entre outros elementos, à identidade cultural de Mato Grosso do Sul. Além de Neller e Leoni, o espetáculo traz também a direção cênica de Gisela Dória, iluminação de Espedito Montebranco, trilha sonora de Jonas Feliz e preparação corporal com Pilates de Laura de Almeida.
Ao trabalhar com artistas do Estado, a Ginga procura ir além da excelência do trabalho apenas técnico. A companhia busca a construção e o amadurecimento de seu jeito próprio de fazer dança. Renata acredita que o espetáculo traduz este momento, onde os bailarinos estão mais soltos e confiantes. “O grupo está seguro com os movimentos e a apresentação adquiriu maturidade”, conclui.
A Cia embarca no dia 18 de outubro para a cidade do Rio de Janeiro onde fará suas duas últimas apresentações no circuito Palco Giratório do SESC. Foram 34 cidades, passando pelos quatro cantos do país.

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